Desmatamento na Amazônia

Nós sempre vemos e ouvimos falar sobre desmatamento. Desenvolvemos projetos e compramos produtos que demonstram preocupação com a preservação ecológica. Ainda apoiamos inovações que visem o desenvolvimento sustentável. Mesmo assim, a degradação ambiental ocorre e as atividades predatórias seguem em crescimento no Brasil e no mundo.

Eu fico bastante preocupada e percebo que muitas pessoas que vivem, principalmente, nas cidades banalizaram o desmatamento contínuo na nossa grande e imprescindível Amazônia, talvez por ainda pensarem que ela seja inesgotável. Creio que talvez não tenham a dimensão do que está de fato ocorrendo.

 

 

Procurei recorrer a pesquisa de números que pudessem causar, de fato, um impacto nas pessoas. Graças às tecnologias de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil possui um programa de monitoramento contínuo do desmatamento amazônico em um sistema chamado Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (PRODES). Os dados gerados a partir do PRODES são considerados oficiais e confirmados pelo Ministério do Meio Ambiente. Por diversas vezes, o jornalismo divulga dados de outros institutos de pesquisa privados que possuem outros métodos e metodologias de análise e, apesar da geração de dados concretos, não são considerados oficiais. Galera, vamos ter atenção sempre à confiabilidade no fornecimento de números, hein!

Mesmo com todo o aparato técnico, é difícil determinar números exatos de área desmatada, sendo divulgados dados numéricos aproximados, mas que possibilitam uma análise. Esses dados, para facilitar a visualização e comparação podem ser arranjados em Ordem de Grandeza, sendo a medida em potências de 10. Com base nos dados do PRODES ano a ano, temos as seguintes notações científicas dos últimos 10 anos:

 

2004 – 27500 km² desmatados – 2,75 x 104 km²

2005 – 1,9 x 104

2006 – 1,4 x 104

2007 – 1,2 x 104

2008 – 1,3 x 104

2009 – 7,5 x 103 (reparem que o número estimado reduziu, mas como o número à esquerda é maior que 3,16, a OG será de 103+1 = 104 . Concluímos que não reduziu tanto assim o desmatamento)          

 


2010 – 7 x 103 (OG: 104 )

2011 – 6 x 103 (OG 104)

2012 – 4,8 x 103 (OG 104)

2013 – 5,9 x 103 (OG 104)

2014 – 4,8 x 103 (OG 104)

 

Com base nos dados acima, percebemos a variação dos números em uma tendência de queda. Contudo, como a Ordem de Grandeza demonstra, a redução não foi tão grande a ponto de alterar a potência de 10 para 103 ou 10², por exemplo. Ou seja, as medidas em terra precisam ser mais concretas, uma vez que o desmatamento continua avançando em passos largos Amazônia adentro. Os números são nossas testemunhas! Não podemos perder o nosso maior banco genético do mundo.

Maximiliana “Maxi” Esploro

Sempre adorei entender o porquê das coisas, especialmente quando se tratava de uma realidade social. Por que existem países mais pobres do que outros? Por que as pessoas preferem viver em cidades do que no campo? Por que é tão importante o crescimento do PIB? São perguntas que eu fiz quando tinha 12 anos e esse comportamento só foi se intensificando com o tempo. Costumo passar 8 horas por dia pesquisando dados na internet, para compreender melhor o mundo. Gosto de fazer pesquisas off-line também. Promovo questionários na vizinhança, e até no meu núcleo familiar, para gerar informações e conhecimento com elas. Curso Economia e pretendo utilizar esses conhecimentos para criar uma nova “sabedoria”, que utilize os milhões de dados disponíveis ou captados para melhorar a compreensão e as tomadas de decisão, e, assim, melhorar a qualidade de vida das pessoas. Chamo isso de Estatística e Conhecimento. Vou aproveitar esse espaço aqui, no Galera Cult, para compartilhar várias descobertas que fiz nas minhas pesquisas.