Let’s watch TV!

Gente, preciso confessar uma coisa para vocês: eu não gosto muito de assistir televisão. Nada contra quem goste, mas acho que já estou tão habituada a utilizar o computador, celular e internet como forma de entretenimento e fonte de informação, que não aguento ficar apenas sentado recebendo passivamente as informações. O resultado disso é que adquiri o irritante hábito de ficar “zapiando” os canais, ou seja, trocando de canal compulsivamente sem nem ao menos assistir a mais de um minuto cada um.

Mas aqui em casa eu sou a única. Todo mundo gosta de assistir televisão. E na minha família, há alguns programas que são quase tradições familiares os hábitos de assistir reunidos nas salas. Será que todas as famílias brasileiras são assim? A maioria é.

Segundo o Ibope, 95% dos brasileiros assistem televisão regularmente, e 74% assistem todos os dias. E o tempo médio em frente às telinhas? Aumentou! Em 2014, passávamos em média 3h30 minutos assistindo televisão, no ano de 2015 passamos para cerca de 4h20. Sendo que em ambos os anos, assistimos menos durante os finais de semana. Menos mal...

Achei outras informações interessantes. Por exemplo, muito se reclama da programação dos canais de transmissão aberta, fato que levou mais de 800 mil pessoas a assinarem pacotes de canais fechados no último ano. Contudo, mesmo a audiência dos canais abertos tem elevado. Estamos assistindo mais programas de televisão realmente.

Mas será que assistimos com atenção? O fato de ser uma mídia com baixa interatividade e os espectadores são somente espectadores, faz com que haja outras atividades exercidas ao mesmo tempo em que a televisão está ligada. Quem nunca deixou a tv ligada para “fazer companhia”? Não é ecologicamente interessante e nem economicamente vantajoso, mas é comum. Segundo o instituto de pesquisa Ipsos, 68% dos que assistem televisão o fazem ao mesmo tempo em que manuseiam o celular ou o computador. É o chamado “espectador multi-telas”. A própria televisão percebeu isso e introduz uma série de mecanismos de interatividade que exigem a conexão com a internet. Vocês já viram aqueles programas que mostram as mensagens do Twitter durante a exibição. É o reconhecimento da força do “espectador multi-telas”.

Sendo assim, por mais que os hábitos de informação estejam mudando, a televisão continua com força entre os brasileiros. O nosso país é o sexto maior consumidor televisivo, atrás somente dos Estados Unidos, Índia, China, Malásia e Turquia. Isso demonstra a força que os grupos empresariais dominantes das redes de canais televisivos possuem entre a formação da opinião pública brasileira. Assistir televisão é ruim? Não. Mas é preciso ter em mente a responsabilidade de sempre fazê-lo a partir de uma postura crítica, mas nunca ser somente passivo. Fique ligado! Bjokas!

Maximiliana “Maxi” Esploro

Sempre adorei entender o porquê das coisas, especialmente quando se tratava de uma realidade social. Por que existem países mais pobres do que outros? Por que as pessoas preferem viver em cidades do que no campo? Por que é tão importante o crescimento do PIB? São perguntas que eu fiz quando tinha 12 anos e esse comportamento só foi se intensificando com o tempo. Costumo passar 8 horas por dia pesquisando dados na internet, para compreender melhor o mundo. Gosto de fazer pesquisas off-line também. Promovo questionários na vizinhança, e até no meu núcleo familiar, para gerar informações e conhecimento com elas. Curso Economia e pretendo utilizar esses conhecimentos para criar uma nova “sabedoria”, que utilize os milhões de dados disponíveis ou captados para melhorar a compreensão e as tomadas de decisão, e, assim, melhorar a qualidade de vida das pessoas. Chamo isso de Estatística e Conhecimento. Vou aproveitar esse espaço aqui, no Galera Cult, para compartilhar várias descobertas que fiz nas minhas pesquisas.