A discriminação feminina na área da Ciência

Você já parou para pensar sobre as diferentes formas de discriminação e preconceito que existem em nossa sociedade? E acercada exclusão feminina de determinadas atividades profissionais? Por que ainda hoje, no século XXI, nós mulheres ainda sofremos preconceitos em vários ramos de trabalho? Na área da ciência, não tem sido diferente, as mulheres foram historicamente esquecidas e relegadas a papéis secundários na produção de conhecimentos científicos. Isso reflete, em grande medida, a exclusão que a mulher sofre ainda no início do seu processo de socialização, quando é direcionada para profissões consideradas “femininas”, muitas delas ligadas a atividades domésticas e familiares. Aquelas que optam pela entrada na carreira científica acabam encontrando barreiras e constrangimentos como a necessidade de conciliar família, maternidade e carreira. O preconceito de gênero tornou-se uma marca na ciência moderna, produzida e validada apenas pelos homens. Reflita sobre o seguinte: quantas mulheres cientistas você já ouviu falar? Nenhuma? Então, vem viajar comigo nessa história...

Desde a Grécia Antiga, passando pelos períodos medieval, moderno e chegando a Idade Contemporânea, diversas mulheres têm atuado nas áreas da Química, Medicina, Biologia, Física, entre outras, realizando descobertas e promovendo avanços na Ciência. Apesar da suposta “invisibilidade” feminina as atuais pesquisas biográficas têm procurado resgatar o papel feminino na História da ciência, retirando as mulheres cientistas das “sombras da História”.

 

 

Uma incrível história de destaque feminino na área da Ciência foi a de Marie Curie, a primeira pessoa a receber duas vezes o Prémio Nobel (o mais importante reconhecimento na comunidade científica) em áreas diferentes. Seu primeiro Nobel, de Física foi recebido em 1903 pelas suas descobertas no campo da radioatividade, naquela época um fenômeno ainda pouco conhecido. Esse prêmio foi dividido com seu marido, Pierre Curie e outro importante cientista, Henri Becquerel. Já o Nobel de Química, veio no ano de 1911, pela descoberta dos elementos químicos rádio e polônio.

Seus estudos contribuíram para diversos avanços científicos não apenas nas áreas da química e da física, mas também na área da medicina, como no desenvolvimento da radiografia para a avaliação dos enfermos. Marie Curie morreu em 1934 de leucemia, acredita-se pela extrema exposição durante seu trabalho a elementos radioativos. Como ela, outras mulheres também tiveram grande destaque na ciência como Rosalind Franklin, Maria Mayer e Rita Levi-Montalcini.

Titta Resor “Titta”

Filha única de historiadores e educadores, tive meus pais sempre muito presentes na minha vida. Por isso, nunca tive dúvida de que seguiria seus passos. Eles sempre contavam inúmeras histórias para ilustrar o que queriam ensinar. Percebia que meus amigos não tinham a mesma oportunidade. Eles sempre reclamavam da ausência dos pais e percebia que isso afetava o comportamento deles. Assim, resolvi mergulhar em um grande projeto: como usar a História para levantar questionamentos e ensinar “boas” atitudes para as pessoas? Resolvi usar o bom exemplo dado pelos meus pais para responder essa pergunta. Minha missão aqui, no Galera Cult, será educar através de histórias, mais precisamente contando um pouco sobre a vida de grandes personagens da História. É o que eu chamo de usar História e Biografias para educar.