Os sistemas de classificação dos reinos: da Antiguidade aos dias atuais

Quando estamos de férias e podemos viajar, gosto muito de ir para algum lugar bem pertinho da natureza para observar as plantas e os animais. Você também gosta? Acredito que sim... A grande diversidade da vida na natureza nos inspira a refletir sobre o nosso papel na sua preservação e no respeito aos diferentes seres vivos. Muitos cientistas, filósofos e pesquisadores também observaram, desde muitos séculos atrás, essa grande diversidade buscando as semelhanças e as diferenças entre os seres e estabelecendo formas de classificação para vida na natureza. No “História e Biografias”de hoje vamos conversar sobre os sistemas de classificação que foram criados desde a Antiguidade até os dias de hoje. Então, vem comigo viajar nessa história!!!

O primeiro a pensar sobre a classificação da vida na Terra foi o filósofo grego Aristóteles (384 - 322 a.C.). Famoso por seus estudos sobre política, lógica, poesia, ética e música, Aristóteles também se notabilizou por suas pesquisas sobre botânica e zoologia. Nessa época, só era possível distinguir os seres a “olho nu”, pois não havia o microscópio, sendo o universo conhecido dos seres vivos formado apenas pelos seres macroscópicos. Por meio de suas observações, Aristóteles reconheceu algumas características comuns entre certos organismos e concluiu que todos os seres vivos poderiam ser organizados entre dois grandes reinos: o das plantas, seres que não se movem, e o dos animais, que se movem. Seus estudos foram importantes para a biologia, descrevendo com perfeição mais de 500 tipos de animais.

Com o passar dos anos e a evolução das técnicas de observação, outros cientistas acabaram propondo novas formas de classificação dos seres vivos que rompiam com a classificação binária proposta por Aristóteles. No ano de 1866, o cientista alemão Ernst Haeckel, um dos principais propagandistas da obra de Charles Darwin sobre a evolução das espécies, propôs a divisão em três reinos, sendo a grande novidade o reino protista formado por protozoários e algas unicelulares. Alguns anos depois em 1938, o cientista Hebert Copeland criou um quarto reino, denominado de Monera, formado pelas bactérias e cianobactérias. A grande diferença desse quarto reino para os demais é que esse reino é formado por uma organização celular procariótica, enquanto que os organismos dos outros três reinos são formados por organismos eucarióticos. (Pergunte para o professor de ciências sobre essa diferença!!). 

Entretanto, o sistema de classificação que utilizamos atualmente foi formulado por Robert Whittaker em 1969. Esse cientista incluiu um quinto reino denominado de fungi, ou fungos, formado por organismos uni ou pluricelulares e que não possuem tecido organizado. Essa classificação, utilizada nos dias de hoje na literatura científica e também nas escolas ainda sofre algumas críticas e sugestões. Um outro sistema foi inclusive proposto para incluir os vírus, com seis reinos. Mas, o sistema de Whittaker ainda prevalece como consenso entre os pesquisadores. Amigos, não deixem de estudar e conhecer mais sobre a vida dos diferentes organismos na Terra! Assim, além de ficarem feras em ciências, vocês ajudam a preservar a natureza e as diferentes formas de vida no nosso planeta. Um abraço e até a próxima!

Titta Resor “Titta”

Filha única de historiadores e educadores, tive meus pais sempre muito presentes na minha vida. Por isso, nunca tive dúvida de que seguiria seus passos. Eles sempre contavam inúmeras histórias para ilustrar o que queriam ensinar. Percebia que meus amigos não tinham a mesma oportunidade. Eles sempre reclamavam da ausência dos pais e percebia que isso afetava o comportamento deles. Assim, resolvi mergulhar em um grande projeto: como usar a História para levantar questionamentos e ensinar “boas” atitudes para as pessoas? Resolvi usar o bom exemplo dado pelos meus pais para responder essa pergunta. Minha missão aqui, no Galera Cult, será educar através de histórias, mais precisamente contando um pouco sobre a vida de grandes personagens da História. É o que eu chamo de usar História e Biografias para educar.