A música fez parte da vida, ou a vida fez parte da música de Cazuza?

Brasil, mostra tua cara. Quero ver quem paga pra a gente ficar assim.” Qual é o verdadeiro Brasil? Aquele que o mundo conhece, com paisagens lindas, água de coco e praias no Rio de Janeiro? Ou o Brasil é o país dos miseráveis, pessoas que morrem de fome no Norte e no Nordeste, pessoas que não tem nem onde morar? Esse é o questionamento feito na música de um dos compositores brasileiros mais famosos de todos os tempos: Cazuza.

O cantor iniciou sua carreira como vocalista da banda Barão Vermelho, que existe até hoje, inclusive. Nasceu no Rio de Janeiro, na década de 50. Seus pais tinham uma condição financeira muito boa, o que facilitou a vida artística de Agenor, nome verdadeiro de Cazuza. Além da boa condição financeira, o fato de seu pai João Araújo ser produtor fonográfico também foi um ponto bastante positivo na carreira do músico.

Suas letras tinham tudo a ver com a realidade pela qual o povo brasileiro estava passando na época. Os anos 80 foram muito conturbados. A transição entre o regime militar e o regime democrático, com as eleições diretas levou muitos jovens brasileiros a irem às ruas e protestar. O cantor, com sua banda, fez muitas músicas que protestavam contra a corrupção e contra as ideologias desenvolvidas para manipular a sociedade. Essas músicas são muito ricas e fizeram muito sucesso.

 



Porém, nosso poeta morreu muito cedo em decorrência de uma vida sem regras e sem limites. Cazuza ficou doente e quando estava prestes a morrer, mudou a temática de suas canções. As letras passam a ser pessimistas e falam das desilusões, do tempo perdido e da própria morte. Essas letras são muito bonitas, pois retratam o sentimento real do cantor. Comecei esse texto tão feliz e agora já não estou tanto. A vida de Cazuza foi assim também: começou muito intensa e foi perdendo o brilho até se apagar.

Contudo, entre protestos e o pessimismo devido à percepção da morte, que se aproximava, encontramos muitas músicas românticas. Cazuza foi um amante de tudo e de todos. Suas músicas românticas retratam o sentimento real que ele nutria pelas pessoas.

Se me dessem a chance de realizar um desejo, certamente eu pediria para ter a oportunidade de assistir a pelo menos um show dele. Mas isso só acontece nas historinhas. Cazuza faz uma faaaaalta!

Cecília “Ciça” Lisboa

Para as pessoas eu sempre vivi no mundo Lua. Não sei se é o nome correto. Confesso que, para mim, o nome nem é importante. O que vale é que era (e ainda é) o meu mundo. Tenho 18 anos e sou uma artista, ao menos é essa definição de que gosto. É verdade que sempre tive dificuldade de me comunicar, mas autista é exagero ☹ Só porque eu sempre fui apaixonada por arte - de todos os tipos – e preferia livros a pessoas??? Aos 12 anos, meus pais desistiram do ensino formal, porque eu não conseguia me concentrar e, consequentemente, passar de ano. Assim, eles contrataram uma tutora e passei a ter aulas em casa. Foi a melhor coisa que podia me acontecer. A tutora, Maria Augusta, passou a usar a linguagem que eu gostava e entendia: a arte. Deu tudo certo ☺ Através das Artes, conquistei meus diplomas do Ensino Básico. Hoje, curso História da Arte em uma tradicional Universidade. Meu sonho? Mostrar como Leitura e Artes tem relação interdisciplinar importante com as demais disciplinas. E é isso que farei aqui no Galera Cult.