Esfera, círculo, circunferências e eclipses...

Aí mano! Vamos bater um papo sobre esfera, círculo, circunferências e eclipses. Não se apavore, pois, vai rolar suave.

Primeiro, vamos saber o que é uma esfera, que nada mais é que sua bola de futebol. Esta foi fácil! Se você, num quarto escuro projeta a sombra da sua bola na parede, verá uma mancha escura... Pois bem, essa mancha escura é um círculo e a linha que delimita o círculo, é a circunferência. Rolou a diferença entre o que é um círculo e uma circunferência?

Agora, vamos para um pouco mais longe: no passado, o homem acreditava que a Terra era plana, e que se ele andasse até o limite dessa superfície plana, ele cairia... Saca só: no inferno! Como foi que aos poucos se chegou à conclusão de que a Terra era redonda? Aí vamos ter que bater um papo da hora sobre os eclipses. O que é um eclipse? Eclipse é sinônimo de desaparecimento, logo, eclipse do Sol, significa desaparecimento do Sol, ou seja, tínhamos que estar vendo o Sol, mas ele desaparece, total ou parcialmente. Do mesmo modo, eclipse da Lua, é noite, tínhamos que estar vendo a Lua, mas ela desaparece, total ou parcialmente. Assim foram os eclipses, especialmente os da Lua, que fizeram o homem desconfiar que a Terra era redonda, e não plana, como podia parecer.

Você já tem conhecimento da diferença entre círculo e circunferência. Mostramos que a projeção de uma esfera em um plano é um círculo, delimitado por uma circunferência, explicamos também o conceito de eclipse. Então, vamos começar pelos eclipses do Sol, apenas para seu conhecimento, pois não foram eles que fizeram o homem desconfiar que a Terra não era um imenso plano, mas, conhecimento não ocupa lugar. Observe a figura 1. O habitante da Terra que estiver na região da sombra projetada presenciará um eclipse total do Sol, verá como mostra a figura 2. A circunferência e todo o círculo da Lua se sobrepondo sobre o Sol. É um espetáculo de rara beleza!

 

 

 

O habitante que estiver na região de Penumbra presenciará um eclipse parcial do Sol, pois a Lua não deixará que ele veja o Sol completamente, como mostra a figura 3. Observe que, pensando nas circunferências da figura 3, elas serão secantes. Existe, ainda, o eclipse anelar do Sol, que ocorre quando a Terra está um pouco mais afastada, na figura 1, para a direita e a sombra da Lua não encosta na Terra. Com certeza, você vai lembrar de um caso de circunferências concêntricas. É um eclipse bastante raro de ocorrer, veja a figura 4.

 

 

Agora, com a ajuda da figura 5 e dos eclipses da Lua, vamos ver como chegaram à conclusão de que a Terra era redonda. Observe, na figura, posição 1, que, quando a Lua entra integralmente na região de sombra da Terra, ela deixa de ser iluminada pelo Sol. É um caso de Lua Cheia, que, aos poucos, vai desaparecendo, até sumir por completo: eclipse total. Mas, o caso que chamou a atenção dos que se dedicavam um pouco mais aos estudos da ciência, posição 2 da figura 5, a Lua entrou parcialmente na sombra da Terra, o que se vê está mostrado na figura 6. Um eclipse parcial da Lua, ou seja, a sombra da Terra está projetada na superfície da Lua e como é vista está mostrado na figura 6. A questão levantada, à época, foi: como pode um corpo que se imagina um plano projetar uma sombra visivelmente circular? Algo está errado! E, com certeza, o erro está na suposição inicial de que a Terra era plana. Observe que novamente temos um caso de circunferências secantes.

 

 

 

 

O outro eclipse que nos leva a não ter mais nenhuma dúvida da esfericidade da Terra é o anelar, quando a Lua ocupa a posição 3 da figura 5, observe que se trata de circunferências concêntricas, e, a bela imagem está mostrada no centro da figura 7. Bom, galera, espero que tenham gostado! Tipo, fui!

 

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Alberto “Beto” Thomas

Desde pequeno, meus pais diziam: esse menino vai ser cientista. Por quê? Sempre fui nerd aficionado por todo tipo de ciência. Meu tio Isaque, professor de Ciências, sempre foi o incentivador principal. Fazíamos programas que giravam em torno de curiosidades, pesquisas e ciências em geral. Em casa, criávamos hipóteses e montávamos experiências caseiras. Também compartilhamos o mesmo pecado, junk food, e o mesmo vício, seriados e filmes de ficção científica. Com meu talento nato potencializado pelo help do meu tio, precocemente me destaquei nas mais diversas feiras e concursos científicos. Hoje curso Física em uma universidade de prestígio. Entretanto, o que gosto mesmo é de “trabalhar” em meu laboratório amador construído na garagem de casa, realizar pesquisas e publicar vídeos na internet, onde explico os “porquês” dos mais diferentes acontecimentos do cotidiano. Aqui, no Galera Cult, vou tentar despertar em vocês o prazer pela Ciência no cotidiano, apresentando os mais interessantes e importantes “porquês”.