O fim do termômetro de mercúrio

Hoje trouxe um assunto que me fez lembrar do meu amigo Paulinho, que é apaixonado pelos temas ligados à sustentabilidade. Recentemente, foi proibido a produção e venda do termômetro de mercúrio. Primeiro, vou explicar como funciona e depois vocês entenderão o motivo da decisão.

O primeiro cientista a “mexer com isso” foi o grande Galileu Galilei. Ele criou um dispositivo, muito parecido com os termômetros de mercúrio atuais, para medir a temperatura de líquidos através de comparação. Ele imergia o dispositivo em dois ou mais líquidos e percebia que a dilatação do líquido interno do dispositivo era proporcional ao do recipiente. Quanto mais quente maior a dilatação dentro do termoscópio (termo utilizado) logo, era possível comparar as temperaturas dos recipientes.

Alguns anos mais tarde, a partir do modelo de Galileu, o francês Jean Rey, seguido por Torricelli, colocou a régua no dispositivo, de forma que fosse possível medir a temperatura dos objetos.Agora, por que o mercúrio? Entre os diversos líquidos que poderiam ser usados, a escolha do mercúrio ocorreu devido ao seu coeficiente de dilatação baixo, ou seja, é possível medir variações pequenas de temperaturas, pois o mercúrio é muito “sensível” e dilata-se com facilidade.

E por que não mais o termômetro com mercúrio? Se por um lado, o coeficiente de dilatação ajuda na ciência de medição da temperatura, por outro, o mercúrio é um metal pesado com alto poder de contaminação. O Brasil assinou um termo internacional que envolve 140 países que se comprometeram a controlar as emissões de mercúrio. A proibição de produção e venda desses termômetros tem essa finalidade.

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Alberto “Beto” Thomas

Desde pequeno, meus pais diziam: esse menino vai ser cientista. Por quê? Sempre fui nerd aficionado por todo tipo de ciência. Meu tio Isaque, professor de Ciências, sempre foi o incentivador principal. Fazíamos programas que giravam em torno de curiosidades, pesquisas e ciências em geral. Em casa, criávamos hipóteses e montávamos experiências caseiras. Também compartilhamos o mesmo pecado, junk food, e o mesmo vício, seriados e filmes de ficção científica. Com meu talento nato potencializado pelo help do meu tio, precocemente me destaquei nas mais diversas feiras e concursos científicos. Hoje curso Física em uma universidade de prestígio. Entretanto, o que gosto mesmo é de “trabalhar” em meu laboratório amador construído na garagem de casa, realizar pesquisas e publicar vídeos na internet, onde explico os “porquês” dos mais diferentes acontecimentos do cotidiano. Aqui, no Galera Cult, vou tentar despertar em vocês o prazer pela Ciência no cotidiano, apresentando os mais interessantes e importantes “porquês”.