Número de Escolas
Olá, pessoal! Vocês estudam perto de onde vocês moram? Sempre estudei no mesmo bairro onde morava e gostava muito. Dava para dormir alguns minutinhos a mais... No meu bairro, sempre existiram diversos colégios, públicos e particulares. Eu só estudaria em algum lugar mais afastado caso buscasse alguma proposta pedagógica mais específica. Mas, basta uma visão um pouco mais ampliada da realidade brasileira para percebermos que não é bem assim em todos os lugares do país.
Se eu for à Região Metropolitana do município, onde moro, perceberei que há diversos bairros sem escolas, ou com apenas uma ou duas escolas. Em alguns casos, são realmente escassas as ofertas de escolas públicas, levando as poucas que existem a serem bastante disputadas e, possivelmente, lotadas acima de sua capacidade. Para o estudante que não consegue vaga na escola próximo à sua casa, a opção é buscá-la em locais mais afastados, aumentando o tempo de viagem e desestimulando, muitas vezes, a frequência escolar.
Será que temos escolas para todas as crianças e jovens do Brasil? Se nos atermos meramente aos números, posso dizer que sim. O número de estudantes tem inclusive reduzido ao longo dos anos. Em 2008, eram 53,2 milhões de crianças no ensino básico; em 2013, eram 50 milhões; em 2014, a tendência foi a redução, que se manteve, e temos em torno de 49 milhões de estudantes no ensino básico. Essa redução já era esperada pela redução da natalidade. Mas, mesmo assim, não atingimos a todas as crianças. A taxa de escolarização, que é tão importante, compõe uma das taxas do Índice de Desenvolvimento Humano. Este, no Brasil, tem se elevado, e hoje atinge 98,4% da população entre 6 e 14 anos, que corresponde ao período normal de curso do ensino fundamental, contribuindo para a redução do analfabetismo no país, que chegou a 7% da população, o que representa cerca de 14 milhões de brasileiros.
A grande questão realmente é a distribuição espacial dessas escolas. Há locais com ofertas muito grandes e outros com ofertas muito baixas. Nesse sentido, eu me refiro às escolas públicas, que representam 40 milhões dos 49 milhões de alunos no totalidade brasileira. A escola particular pode sentir onde há carência de alunos e se estabelecer nesse local, que representaria uma demanda para sua oferta. A escola pública, acessível, não funciona segundo esses elementos norteadores e é ela que pode suprir a carência de ensino nas partes mais periféricas do nosso território. A mão de obra também precisa ser incentivada... O número de professores licenciados ainda é baixo e, na educação pública, a evasão tem sido bastante elevada, diminuindo a qualidade do processo educacional com profissionais sobrecarregados e exercendo funções onde não são especialistas.
Em meio a esse monte de dados que fui encontrando quando estava pesquisando, achei algo interessante e que me deixa bastante feliz: o número de matrículas em educação especial cresceu bastante, 21%. Além disso, estes alunos estão matriculados cada vez menos em escolas especiais e mais em escolas padrão, pois eram 53% dos alunos especiais frequentavam escolas especiais, em 2007 e hoje são 39%.
A educação é uma questão bastante importante e sua universalização, ou seja, expansão para que seja de todos, é indispensável. Porém, além disso, precisamos nos atentar que não seja somente uma quantidade maior de escolas, mas também uma qualidade cada vez melhor.