Vacinas: um mal necessário?
Quando se é criança, a vacinação é uma rotina constante, muitas vezes amarga e dolorosa, sabemos bem disso. Ninguém gosta de ter que ir se vacinar, mas não há espaço para birra, enquanto se pensa nos avanços que os programas de vacinação proporcionaram à população. Quando se é adulto, a frequência diminui, mas a manutenção quanto às renovações das doses de vacinação é importante. Nos últimos anos, as campanhas de vacinação têm sido um sucesso, e isso o meu pediatra sempre disse. Contra a poliomielite, por exemplo, na última década, vem sendo alcançada uma
cobertura acima de 95%. No Brasil, não há registro de paralisia infantil há 22 anos e de circulação do vírus do sarampo há 10 anos, havendo apenas registros de casos importados, onde a contaminação ocorreu fora do país. No caso do sarampo, somente no ano de 2011, 98% das crianças entre um e menos de sete anos de idade foram vacinadas. Foi um ano de pico positivo, mas os demais não ficaram muito atrás. A vacinação também contribuiu, de forma significativa, para manter a erradicação do ciclo urbano da febre amarela e da varíola no país.
Busquei também outros dados nos sites da Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro que comprovam a adesão da população às ações de vacinação, em que o Brasil alcança altas coberturas vacinais (poliomielite 97,8%, tríplice viral – sarampo, rubéola e caxumba 99,8%, hepatite B 95,6% e tetravalente – difteria, coqueluche, tétano). Em 2010, foram vacinadas mais de 88 milhões de pessoas contra influenza A (H1N1) e, em 2011, 16,8 milhões de crianças de um a seis anos de idade. Ainda neste ano, foram introduzidas duas vacinas no calendário da criança: vacina anti-pneumocócica 10 valente e a meningite C conjugada.
Os efeitos disso são sentidos em outras áreas e em um longo prazo também. Dados preliminares já apontam que houve uma redução significativa do número de internações por pneumonia nos hospitais da rede pública de saúde do Brasil. Hoje, além dos idosos, também foram incluídos na população alvo da campanha de vacinação contra influenza A, como a população indígena, as gestantes e os trabalhadores de saúde.
A vacina fornecida pelo poder público é um promotor da igualdade. Todo e qualquer cidadão brasileiro tem acesso à vacina dessa forma, seja ele morador do Acre ou do Rio Grande do Sul, seja rico ou pobre.
O calendário de vacinação do Ministério da Saúde tem como objetivo erradicar, eliminar e controlar as doenças previsíveis no território nacional visando garantir o abastecimento regular de todos os imunobiológicos disponibilizados nos calendários de vacinação do país. Além disso, o Ministério da Saúde tem apoiado o Complexo Econômico e Industrial da Saúde estimulando o desenvolvimento tecnológico, a inovação e a produção nacional, diminuindo a dependência do mercado externo e alavancando a competitividade da indústria. Assim, a produção de vacinas pode ser mais barata e expandida para ainda mais pessoas e doenças. Até a próxima! Bjokas!
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Alô, alô, está na hora da vacina!
Aspirina