Muito mais que sonetos

Olá, galerinha, tudo bem? Então, nosso bate-papo de hoje é sobre Olavo Bilac, ou seja, um poeta que ficou muito conhecido pela escola literária brasileira denominada Parnasianismo. Esta escola cultivava arte pela arte e a poesia descritiva, mas o que isso significa? Que o belo está na forma mais “difícil” de retratar algo, qualquer coisa que seja, como um beijo, por exemplo, e faz isso com muitas figuras de linguagem, como comparações, adotando uma postura intimista e subjetiva. Grande parte dos poemas de Olavo Bilac são sonetos, tercetos, os quais apresentam uma perfeita elaboração formal, tanto nos sons produzidos- algo como uma melodia- quanto ao que se refere às rimas ricas e raras. 

Um de seus temas preferidos é o amor que, para ele, está mais associado à noção de pecado, com muito mais sentimentalismo que os autores parnasianos em geral, o que o diferencia. Essa característica pode ser vista nos seus 35 sonetos de Via Láctea: “E eu vos direi: "Amai para entendê-las!/ Pois só quem ama pode ter ouvido / Capaz de ouvir e entender estrelas". Esse foi apenas um fragmento... Não é lindo?! Essa sensibilidade, sem dúvida, é sua maior característica e de todo poeta! Outro aspecto do autor que também pode ser visto neste fragmento é a ficção por estrelas, que ora são confidentes ou testemunhas, ora são conhecedoras do mistério da vida.

Por último, foi aclamado o “poeta das crianças”, pois dedica-lhes quadras infantis em que há um mundo pueril idealizado, sem misérias, ressaltando aspectos domésticos, patriótico e nobre, dentro do lirismo que a poesia nos oferece. Outros temas preferidos são a guerra e a pátria. O patriotismo acaba assumindo a forma de propaganda do progresso e bem-estar nacional da época. Seus versos contêm uma poesia pobre em imagens, mas rica em sentimento, em voluptuosidade e em morbidez, o que parece justificar sua enorme consagração. Poesias (1888), seu primeiro livro, traz o poema Profissão de Fé, rico em metrificação, o que serve de exemplo prototípico do verso elegantemente parnasiano. Por hoje é só, meus lindos! Bjokas!

Cecília “Ciça” Lisboa

Para as pessoas eu sempre vivi no mundo Lua. Não sei se é o nome correto. Confesso que, para mim, o nome nem é importante. O que vale é que era (e ainda é) o meu mundo. Tenho 18 anos e sou uma artista, ao menos é essa definição de que gosto. É verdade que sempre tive dificuldade de me comunicar, mas autista é exagero ☹ Só porque eu sempre fui apaixonada por arte - de todos os tipos – e preferia livros a pessoas??? Aos 12 anos, meus pais desistiram do ensino formal, porque eu não conseguia me concentrar e, consequentemente, passar de ano. Assim, eles contrataram uma tutora e passei a ter aulas em casa. Foi a melhor coisa que podia me acontecer. A tutora, Maria Augusta, passou a usar a linguagem que eu gostava e entendia: a arte. Deu tudo certo ☺ Através das Artes, conquistei meus diplomas do Ensino Básico. Hoje, curso História da Arte em uma tradicional Universidade. Meu sonho? Mostrar como Leitura e Artes tem relação interdisciplinar importante com as demais disciplinas. E é isso que farei aqui no Galera Cult.