Existe relação entre responsabilidade e empreendedorismo?

Você também é daqueles que acha que o empreendedorismo está ligado somente a dinheiro e lucro? Pois saiba que muitos empreendedores agem escutando a consciência e tomando decisões responsáveis. Um dos casos mais irados que conheci foi do empresário Ray Anderson, fundador e presidente da Interface, uma empresa de carpetes, nos EUA.

Ray Anderson, engenheiro americano que fundou uma empresa de carpetes em 1973. Em 1994, preocupado com os rumos do planeta, ele leu um livro de Paul Hawken (The Ecology of Commerce), onde o autor culpa indústria em geral pela crise ecológica planetária e coloca nas mãos dos industriais as possíveis soluções. Ray assumiu sua responsabilidade e resolveu liderar o setor pelo exemplo.

Em 1996, ele lançou o plano Missão Zero, com o objetivo de zerar a pegada ecológica de toda a empresa. A meta era ousada, afinal a Interface fabrica carpetes. Para estimular seus colaboradores, ele criou a metáfora do Monte da Sustentabilidade, que seria alcançado pela empresa em 2020. Apesar de todas as contra-indicações, Ray e a Interface seguiram em frente e em 2008, a Interface já tinha reduzido em 71% a sua emissão de gases do efeito estufa, apesar de ter dobrado sua receita no mesmo período. Para se ter uma ideia, o Protocolo de Kyoto renegado pelo governo americano, em 1995, pregava uma redução de 7%. Desde o início, ele propôs três desafios: o que tomamos da terra, o que fazemos com todo esse material e energia e o que desperdiçamos ao longo do caminho.

 

 

Hoje, Ray e sua empresa são referências mundiais de responsabilidade socioambiental. Para saber mais sobre Ray Anderson, Interface e sua Missão Zero, recomendo o fantástico livro escrito por ele: "Lições de um Empresário Radical" (Editora Cultrix, 2011). O livro é uma aula de empreendedorismo, liderança, ambientalismo e ecoeficiência. Vale a pena!

Ana “Aninha” Kreintino

Sabe o que eu acho mais comum entre meus amigos adolescentes? Eles não sabem o que querem da vida. Estão perdidos. Por exemplo, meus dois irmãos mais velhos, Alex e Aílton, de 17 e 18 anos, e que ainda nem sabem qual carreira seguir. Pode até aparecer papo de “velho”, de mãe e pai. E é mesmo, né? Mas eu não sou “velha” não, hein! A diferença é que eu sei bem o que eu quero. E não é pouco. Não é exatamente ser rica, ou famosa. Tem a ver com um orgulho pessoal, algo dentro de mim. Quero fazer a diferença. Adoro Empreendedorismo. Aos 8 anos, aprendi a fazer brigadeiro e passei a comercializar na vizinhança e na escola. Mas fiz isso porque vi a oportunidade. Não gosto de cozinhar. Minha parada é tecnologia. Meu sonho é criar um aplicativo inovador e viver dele, de preferência em Cingapura. Vou postar, nesse cantinho do Galera Cult, um monte de coisas sobre inovação, ideias de hoje e do passado que mudaram a nossa história.