Figura central do movimento de vanguarda
Olá, galera! Tudo bem? Nosso papo de hoje é sobre um escritor que eu super curto: Mário de Andrade. “Eu sou um escritor difícil/ Que a muita gente enquisila,/ Porém essa culpa é fácil/ De se acabar de uma vez:/ E só tirar a cortina/ Que entra luz nesta escuridez”. É através desses versos que Andrade se adjetiva como escritor. Publicou Pauliceia Desvairada, primeiro livro de poemas da primeira fase do Modernismo, uma das principais escolas literárias do Brasil. Quando criança estudou música no Conservatório de São Paulo, formando-se em piano e foi crítico de arte em jornais e revistas. Fofocas a parte, foi amigo inseparável de Anita Malfatti e Oswald de Andrade, personagens importantes para a consolidação desse movimento literário.
Também foi uma figura política, atuando como diretor do departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo e posteriormente como funcionário do Serviço do Patrimônio Histórico do Ministério da Educação. Porém, foi seu romance Macunaíma a sua criação máxima, levada até para o cinema. Paulistano e muito focado, com a morte de seu pai, passou a dar aulas de piano para se manter e criou um pseudônimo de Mário Sobral, com o qual publicou sua primeira narrativa "Há Uma Gota de Sangue em Cada Poema", criticando a matança produzida na Primeira Guerra Mundial.
Na Primeira Fase do Modernismo (1922-1930), a lei era se libertar do modismo europeu, procurar uma linguagem nacional e promover a integração entre o homem brasileiro e sua terra. E foi pensando e produzindo dessa forma que em 1922, além da Semana de Arte Moderna como um fato importante para a história do país, Andrade foi nomeado professor catedrático do Conservatório de Música e com a publicação de seu primeiro livro de poemas (que já citei no primeiro parágrafo) integrou-se ao grupo fundador da revista Klaxon, que servia de divulgação para o Movimento Modernista.
Mário de Andrade fez várias viagens pelo Brasil, com o objetivo de estudar a cultura de cada região. Visitou cidades históricas de Minas, passou pelo Norte e Nordeste, recolhendo informações gerais como festas populares, lendas, ritmos, canções, modinhas etc. Todas essas pesquisas lhe renderam obras como, além de Macunaíma já mencionado, Clã do Jabuti e Ensaio sobre a Música Brasileira. No Rio de Janeiro, lecionou Filosofia e História da Arte na Universidade, mas foi incapaz de ficar longe de São Paulo, a cidade que amava, e em 1940 estava de volta. Seu fim foi com ataque cardíaco, falecendo em São Paulo, no dia 25 de fevereiro de 1945.