Sempre que penso na minha avó penso em uma porção de coisa: cheiro de bolo, cafuné, histórias para contar e “furinho no dedo”. Isso mesmo. Sempre via minha avó fazendo um furinho no dedo para sair uma gotinha de sangue, e daí ela colocava a gotinha em uma maquininha e dizia a quantidade de açúcar no sangue dela. Minha avó - assim como várias avós, mães, pais e filhos - tinha diabetes, que é uma doença do sistema endócrino do corpo. O organismo dela não conseguia regular sozinho o nível de açúcar no sangue, então podia ficar alto ou baixo demais. Isso pode ser muito grave se não for acompanhado com atenção. Por isso, ela estava sempre fazendo esse pequeno exame. A diabetes é tão comum nas famílias dos brasileiros que eu resolvi buscar algumas informações sobre isso.
De cara, descobri que a diabetes mata quatro vezes mais que a AIDS no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Grande parte dessas perdas ocorre devido à falta de informação e acompanhamento. A diabetes não tem cura e PRECISA ser acompanhada constantemente pelo paciente. Há um número estimado de 13 milhões de diabéticos no país, sendo que cerca de metade desse número não sabe que possui essa disfunção do pâncreas. Por quê? Falta de procura aos médicos especializados. Os hábitos atuais de má alimentação e sedentarismo de grande parte da população só aumentam esse número. E mais, cerca de 27% dos diagnosticados interrompem o tratamento. Uma doença assim, sem cura, acaba tornando algumas pessoas descrentes no tratamento. Talvez, não tenham entendido a gravidade dela...
Uma das coisas mais interessantes de se fazer uma pesquisa é encontrar outras informações que você não estava procurando necessariamente. Sabe quando procuramos algo no Wikipédia e abre várias abas nos links de algum artigo e depois você nem lembra mais onde começou? É mais ou menos o que acontece comigo. Procurando as informações sobre a diabetes, encontrei outras doenças do sistema endócrino. Transtorno do crescimento, hiper e hipotireoidismo e até a obesidade podem ser tratadas por um endocrinologista, o especialista responsável por cuidar desse tipo de doenças.
Os problemas da tireóide, por exemplo, atingem principalmente a população feminina. Cerca de 10% das mulheres acima dos 40 anos e 20% das acima de 60 anos possuem alguma disfunção da tireóide. Por isso, 1 em cada 5 mulheres procuram os médicos para tomar remédios de reposição aos níveis afetados.
Descobri então que podem ser doenças manifestadas silenciosamente e que precisam ser tratadas em longo prazo para melhorar a qualidade de vida e aumentar a expectativa de vida de grande parte da população. Acompanhamento médico e exames preventivos são essenciais para isso. Não podemos nunca nos esquecer disso! Até a próxima! Bjokas!
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