Recentemente, a Polícia Federal fez uma operação e constatou a contaminação de carnes e derivados em alguns frigoríficos do país. A contaminação ocorreu a partir da mistura de pedaços de animais que deveriam ser descartados e outros “ingredientes” que não deveriam ser misturados a carne, inclusive papelão!

O mais impressionante é que os frigoríficos são associados a dois dos maiores fabricantes de carnes do Brasil e do mundo. Isso significa que eles não fizeram por necessidade não. Fizeram com o intuito de aumentar os seus lucros, pois ao misturar “ingredientes” mais “baratos” eles obtêm um lucro maior. Duas coisas me chamaram a atenção quando vi a matéria nos telejornais e me fizeram lembrar o estudo da Ética: responsabilidade e contrato. Eu sempre acreditei que: se você assume a responsabilidade sobre alguma coisa, não poderá culpar os outros, caso venha a fracassar.

Não sei se a situação (a mistura maligna) aconteceu a partir da ordem dos donos dos frigoríficos, mas isso não importa tanto, pois a responsabilidade é deles. Eles são os responsáveis principais e devem estar atentos ao que acontece em suas empresas.

E por que o contrato? É a parte da responsabilidade que afeta os outros. Quando você se responsabiliza em vender um produto, no caso carne, para milhões de pessoas, é como se assinasse um contrato de que entregará aquilo mesmo. Não cabeça de porco ou papelão misturado. O contrato exige uma alta responsabilidade, é verdade. Porém, por isso a recompensa, como o valor ganho é alto, para compensar o risco, a responsabilidade do contrato. Pagamos caro, logo, devemos exigir alta qualidade, devemos cobrar que o produto seja exatamente o que foi prometido.

Infelizmente, muitas vezes, especialmente em um país onde reponsabilidade, contrato e Ética não são tão valorizados (e exigidos), presenciamos esse tipo de escândalo.

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