O Contrato Social
No século XVIII, o suíço Jean-Jacques Rousseau escreveu a obra Do contrato social, onde reflete sobre os motivos que levaram os seres humanos e constituírem uma sociedade. Sim, por mais estranho que possa parecer para nós hoje, acostumados com tal ordem, viver em comunidade foi e é uma escolha dos indivíduos. Em algum momento da história, vivemos sob um regime natural, onde gozávamos de liberdade total e éramos limitados somente por nossa vontade e consciência.
Então, decidimos nos organizar socialmente e escolher representantes para governar. Em troca da liberdade solitária, recebemos segurança, cumplicidade e sinergia. Os governantes deveriam atender as necessidades (pelo menos da maioria) e manter a ordem, evitando os rompimentos do Contrato. Depois de quase duzentos anos de sua independência política, a sociedade brasileira ainda está amadurecendo. A sua base educacional pífia provoca uma auto-sabotagem, impedindo que muitos cidadãos tenham consciência do real papel do Estado e do Contrato que justifica a sua existência. #umconviteparapensar
Em Junho de 2013, assistimos a manifestações de consciência social. Alavancado por jovens cheios de energia e conectados, o movimento deixou claro o repúdio a um Estado incompetente e corrupto. Aparentemente, aquelas manifestações não queriam a quebra do Contrato Social. Os protestos representaram uma exigência para que o contrato seja honrado por aqueles que foram escolhidos como representantes máximos, aqueles que deveriam ser os melhores exemplos, mas, infelizmente, limitam suas ações em populismos baratos e em interesses pessoais. Finalmente, muitos de nós não estão mais dispostos a aceitar quebras de contrato.#umconviteparapensar