Missão Artística Francesa

Olha, podem falar o que for sobre D. João VI, mas uma coisa era inegável: seu amor pelo Brasil e, principalmente, pelo Rio de Janeiro. Com a chegada da Corte Portuguesa ao nosso país, ele revolucionou o Rio, que era a capital do Brasil naquela época. O rei, por exemplo, era um verdadeiro apaixonado por plantas e animais. Uma prova disso é a criação do Jardim Botânico e o lugar em que ele morava: a Quinta da Boa Vista, situada no bairro de São Cristóvão.  Adorava explorar a vegetação e a fauna brasileiras.

Essa revolução se deu segundo padrões parisienses. Chique, né?! Ai, eu acho um luxo. Sou doida para conhecer a França... Quem sabe um dia... Bom, mas voltando ao nosso assunto, D. João VI convocou grandes artistas franceses para impulsionar o ensino da arte e a produção artística do nosso país. Era a tal Missão Artística Francesa. Entre eles se destacou Debret, um cara de uma visão incrível, que retratou a cidade e os membros da Corte de uma forma sensacional.

E não foi só nas artes que houve influência francesa não. Vocês sabiam que o Boulevard 28 de Setembro, principal via do bairro de Vila Isabel é uma inspiração francesa? O próprio nome “Boulevard” é um termo que designa um tipo de via de trânsito, geralmente larga, com muitas pistas divididas nos dois sentidos, geralmente projetada com alguma preocupação paisagística. E Vila Isabel é bem pertinho de São Cristóvão, onde residia a Corte. Inclusive, o nome “Vila Isabel” foi uma homenagem à Princesa Isabel e a data que dá nome ao Boulevard é a data em que foi assinada a Lei Áurea. Muito legal, né?!

Voltando às artes, Debret foi responsável por registrar parcela significativa das mudanças sociais daquela época, retratando os membros da monarquia, o povo, os costumes e vários aspectos da cultura. Os artistas da Missão Artística Francesa ajudaram a construir todo um imaginário sobre aquela época.

Quando dizemos "imaginário", estamos falando da reunião de elementos característicos da vida, da cultura de um grupo de pessoas, de um povo ou de uma nação. Por exemplo, as gírias... De onde elas surgiram? Pense nas músicas que ouvimos e nos filmes que a gente vê, ou, ainda, como era a roupa do Super-Homem nos quadrinhos da década de 1950 e como ela é hoje. Existe uma cultura típica do nosso tempo, da mesma forma que nos comportamos de uma maneira completamente diferente da de nossos avós, por exemplo.
Isso tudo ajudou a construir a nossa identidade e a do nosso país. Muito legal, né?!

Bom, beijos e até a próxima!

 

Saiba mais

“Toca Raul!”

Meu melhor amigo

Cecília “Ciça” Lisboa

Para as pessoas eu sempre vivi no mundo Lua. Não sei se é o nome correto. Confesso que, para mim, o nome nem é importante. O que vale é que era (e ainda é) o meu mundo. Tenho 18 anos e sou uma artista, ao menos é essa definição de que gosto. É verdade que sempre tive dificuldade de me comunicar, mas autista é exagero ☹ Só porque eu sempre fui apaixonada por arte - de todos os tipos – e preferia livros a pessoas??? Aos 12 anos, meus pais desistiram do ensino formal, porque eu não conseguia me concentrar e, consequentemente, passar de ano. Assim, eles contrataram uma tutora e passei a ter aulas em casa. Foi a melhor coisa que podia me acontecer. A tutora, Maria Augusta, passou a usar a linguagem que eu gostava e entendia: a arte. Deu tudo certo ☺ Através das Artes, conquistei meus diplomas do Ensino Básico. Hoje, curso História da Arte em uma tradicional Universidade. Meu sonho? Mostrar como Leitura e Artes tem relação interdisciplinar importante com as demais disciplinas. E é isso que farei aqui no Galera Cult.