Rimas

Olá, meus lindos! Tudo bem? Então, estava conversando com meu irmão Mário e ele me disse que a professora de matemática criou um trechinho e começou a cantar com a turma: “Dois mais dois quatro, digo na lata!/Conta que não admite sequer errata/ Soma, divisão ou subtração/ Não há qualquer abstração/Pois matemática é ciência exata.” Achei super maneiro! Aí, fiquei pensando... Quais são os tipos de rimas que temos? 

Bom, primeiramente, devemos saber que rima é a semelhança sonora das palavras no final dos versos (rima externa) e no interior dos versos (rima interna). Pode ser: perfeita, quando há identidade completa entre os sons: cabeça / amanheça, corta / importa; imperfeita, quando não há identidade completa entre os sons: vela / estrela; pobre, quando se dá entre palavras vulgares ou da mesma classe gramatical: coração / paixão, lentamente / amorosamente; rica, quando se dá em classes gramaticais diferentes: aurora / agora, desgraça / passa e preciosa, rima artificial que se faz com a combinação de palavras: zelo / vê-lo, saudade / há-de.

Já as rimas externas classificam-se em: 

I) Interpoladas (ou opostas): 
Aguardando-te, amor, revejo os dias A 
Da minha infância já distante, quando B 
Eu ficava, como hoje, te esperando B 
Mas sem saber ao certo se virias. A (Vinicius de Moraes) 
    
II) Alternadas ou cruzadas: 
E é bom ficar assim, quieto, lembrando A 
E é bom ficar assim, quieto, lembrando A 
Ao longo de milhares de poesias B 
Que te estás sempre e sempre renovando A
Para me dar maiores alegrias. B (Vinicius de Moraes)

III) Emparelhadas:

Mas, passada a surpresa, às pressas, a cidade A 
Aos escravos cedera armas e liberdade A 
E era toda rumor e agitação. Fundindo B 
Todo o metal que havia, ou, céleres, brunindo B 
Espadas e punhais, capacetes e lanças, C 
Viam-se a trabalhar os homens e as crianças. C (Olavo Bilac)


IV) Encadeadas: a palavra final de um verso rima com outra situada no interior do verso seguinte: 
Anjo sem pátria, branca fada errante, 
Perto ou distante que de mim tu vás, 
Há de seguir-te uma saudade infinda 
Hebreia linda, que dormindo estás.” (Tomas Ribeiro) 

V) Misturadas: rimas em que a distribuição não obedece a critério fixo: 
“Ah, não tente explicar A 
Nem se desculpar A 
Nem tente esconder B 
Se vem do coração C 
Não tem jeito não C 
Deixa acontecer.” B (Vinicius de Moraes)

Por hoje é só, pessoal! Fique sempre ligado aqui! Bjs!!!

Cecília “Ciça” Lisboa

Para as pessoas eu sempre vivi no mundo Lua. Não sei se é o nome correto. Confesso que, para mim, o nome nem é importante. O que vale é que era (e ainda é) o meu mundo. Tenho 18 anos e sou uma artista, ao menos é essa definição de que gosto. É verdade que sempre tive dificuldade de me comunicar, mas autista é exagero ☹ Só porque eu sempre fui apaixonada por arte - de todos os tipos – e preferia livros a pessoas??? Aos 12 anos, meus pais desistiram do ensino formal, porque eu não conseguia me concentrar e, consequentemente, passar de ano. Assim, eles contrataram uma tutora e passei a ter aulas em casa. Foi a melhor coisa que podia me acontecer. A tutora, Maria Augusta, passou a usar a linguagem que eu gostava e entendia: a arte. Deu tudo certo ☺ Através das Artes, conquistei meus diplomas do Ensino Básico. Hoje, curso História da Arte em uma tradicional Universidade. Meu sonho? Mostrar como Leitura e Artes tem relação interdisciplinar importante com as demais disciplinas. E é isso que farei aqui no Galera Cult.