Números egípcios

E aí galera, beleza? Cara, já pensou como esse nosso mundico era antigamente? Tipo, Grécia? Já parou pra pensar como essa galera vivia naqueles tempos? E a matemática? Cara, a matemática era muito irada já naquela época, sabia?

Pra começar... Você sabia que essa parada de representação numérica indo-arábica: 1, 2, 3, 4 etc. é recente quando comparamos com Grécia. Não sabia?! Então, vem pro meu mundo...

Por volta do ano 4.000 a.C., algumas comunidades primitivas egípcias aprenderam a usar ferramentas e armas de bronze. Aldeias situadas perto de rios transformaram-se em cidades. A vida ia ficando cada vez mais complexa. Novas atividades iam surgindo, graças, sobretudo ao desenvolvimento do comércio.

 

Mundo mais evoluído precisa de matemática mais evoluída né galerinha? E o que pra gente é o mais comum, o símbolo numérico, ainda não existia.

Pra vocês terem uma ideia para uma simples representação da soma 3 + 5 = 8, os caras usavam bastões! Imagina?! Pois é...

 

Foi partindo dessa necessidade imediata que estudiosos do Antigo Egito passaram a representar a quantidade de objetos de uma coleção através de desenhos –os símbolos.

 

Cara, a criação dos símbolos foi um passo muito importante para o desenvolvimento da Matemática. Veja que I R A D O os símbolos egípcios:

 

Todos os outros números eram escritos combinando os números-chave. 

Na escrita dos números que a gente usa hoje, a ordem dos algarismos é muito importante. 

Se tomarmos um número, como por exemplo, 256 e trocarmos os algarismos de lugar, vamos obter outros números, tipo, completamente diferentes como 265, 526, 562, 625 e 652.

 

Ao escrever os números, a galera egípcia não se preocupava com a ordem dos símbolos. Se liga no desenho que apesar da ordem dos símbolos não ser a mesma, os três garotos do Antigo Egito estão escrevendo o mesmo número: 45.

 

            

Todos os anos, durante o mês de junho, a água do Nilo começava a subir. Era o início da cheia, que durava até setembro. Ao avançar sobre as margens, o rio derrubava as cercas de pedra que cada agricultor usava par marcar o terreno. Os caras usavam umas cordas para fazer a medição. Uma espécie de régua deles e tal.

Havia uma unidade de medida marcada na própria corda. Os encarregados de medir esticavam a corda e verificavam quantas vezes aquela unidade de medida estava contida nos lados do terreno. Daí, serem conhecidos como estiradores de cordas

No entanto, por mais adequada que fosse a unidade de medida escolhida, dificilmente cabia um número inteiro de vezes no lado do terreno. 

Foi por essa razão que os egípcios criaram um novo tipo de número: o número fracionário. Para representar os números fracionários, usavam frações.

 

 

Os egípcios interpretavam a fração somente como uma parte da unidade. Por isso, utilizavam apenas as frações unitárias, isto é, com numerador igual a 1


Para escrever as frações unitárias, colocavam um sinal oval alongado sobre o denominador. 


As outras frações eram expressas através de uma soma de frações de numerador 1. 


Os egípcios não colocavam o sinal de adição (+ ) entre as frações, porque os símbolos das operações ainda não tinham sido inventados. (Tipo...hã?!)


No sistema de numeração egípcio, os símbolos repetiam-se com muita frequência. Por isso, tanto os cálculos com números inteiros quanto aqueles que envolviam números fracionários eram muito complicados. 

 

Outros povos tinham sua própria representação dos números. E de tanto que tentaram, evoluíram até nos dias de hoje. Mas essa já é uma outra história. Gostou? Então, vem pro meu mundooooo!

 

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Tamires Damaceno “Matmad”

Para mim tudo é Matemática. Não escondo de ninguém, tenho até orgulho de dizer: sou uma racionalista. Sou tão fã da ciência que me apresento como Matmad, em referência à disciplina, e uma espécie de anagrama das primeiras letras do meu nome e sobrenome. Busco lógica em todas as situações e para todas as tomadas de decisão, além de adorar fazer contas e estimativas para tudo. Aos 22 anos, já me graduei em Matemática e faço cursos no IMPA. Por isso, tem algo que me enlouquece. Como muitas pessoas têm aversão à Matemática?!?! Como?!?! Pensando nisso, aceitei entrar para o Galera Cult. Meu projeto aqui é promover a Matemática como saber cotidiano e interdisciplinar, reverter o medo e o ódio que muitos sentem pela disciplina e conquistar mais adeptos da minha “religião” kkkkk