Mudança no clima e o Protocolo de Kyoto

Olá, turma do Galera Cult!!! Já notou como o clima do nosso planeta está cada vez mais diferente. Pois é ... Hoje temos verões mais intensos, com temperaturas medias antes impensáveis. Tem dias que parece que vamos derreter de tanto calor e em outros momentos as chuvas causam inundações pela cidade. Sabemos o que tem acontecido no Brasil, mas você sabe se isso está ocorrendo em todo o mundo também? Então, vou lhe ajudar um pouco. Vejam só as informações que consegui surfando na net.

- A Europa sofrendo com o calor:

A ministra francesa da Saúde, Marisol Touraine, anunciou que durante o último período de calor intenso na França, do dia 29 de junho a 5 de julho, mais de 700 pessoas morreram. O número é 7% superior à média registrada nesse período do ano. De acordo com a ministra, durante a forte onda de calor que atingiu o país há algumas semanas, houve aumento da demanda dos serviços de emergência. Em boa parte do território francês, os termômetros ultrapassaram os 40°C. A atividade nos centros de saúde aumentou entre 30% e 40%. No total, foram 3.580 solicitações, um número três vezes maior do que geralmente é registrado no verão francês. Segundo dados do ministério da Saúde, 56% dos casos atendidos precisaram de internação. Destes, 76%, eram pessoas com idade superior a 75 anos. "Em 2003, registramos 15 mil mortos, 55% acima da média", disse, durante coletiva de imprensa hoje, lembrando o trágico episódio. Em Lyon, os termômetros devem marcar 38°C hoje à tarde. O resto do país terá temperaturas superiores a 30°C, como em Paris, onde a temperatura chegará a 37°C.

Fonte: http://www.brasil.rfi.fr/franca/20150716-onda-de-calor-na-franca-matou-mais-de-700-pessoas-anuncia-governo

- E a Índia também:

Ao menos 500 mortes foram atribuídas à onda de calor que tem atingido a Índia nos últimos dias, quando a temperatura chegou a 48ºC em algumas áreas do país. A maioria das vítimas vivia nos Estados de Telangana e Andhra Pradesh, no sul da Índia, onde mais de 140 morreram desde sábado. A onda de calor vem atingindo a região desde meados de abril, mas a maior parte das mortes ocorreram na última semana. No Estado onde a situação é mais crítica, Andhra Pradesh, já foram registradas 246 vítimas na semana passada. Autoridades disseram que 62 morreram no domingo de insolação. O agricultor Ahmed Pasha, que cultiva uma área de 12 hectares, afirma que não há mais água em sua terra nem em seu poço. "Secou tudo, e perdi metade da grama que tinha cultivado para dar aos búfalos e às cabras." Segundo P. Tulsi Rani, comissário especial do departamento de gerenciamento de desastres de Andhra Pradesh, "a maioria das vítimas são pessoas que ficaram expostas diretamente ao sol, normalmente têm mais de 50 anos e são da classe trabalhadora". "Estamos pedindo que as pessoas tomem precauções, como usar um guarda-chuva ou chapéu, hidratar-se com água ou leite e usar roupas de algodão", ele acrescentou. A agência de notícias Press Trust of India (PTI) reportou que 186 pessoas morreram nos distritos vizinhos a Telangana, com 58 vítimas registradas desde sábado.

Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/05/150525_onda_calor_india_mortes_rb

Essa onda de calor nada mais é do que parte das mudanças climáticas que vem ocorrendo em nosso planeta. Vale lembrar que não é só calor, algumas regiões vêm passando por frios extremos, como por exemplo Nova Iorque que foi atingido por uma grande nevasca esse ano, levando a sensação térmica de menos 28°C.

A mudança do clima é resultado do aquecimento global, ocasionado pelo agravamento do Efeito Estufa. Nós, os seres humanos, estamos poluindo muito o planeta com gases que provocam o aquecimento, como por exemplo o CO2 (gás carbônico), o CO (monóxido de carbono), e o CH4 (metano), vindos das indústrias e dos nossos automóveis por exemplo. Atualmente os níveis do CO2 na atmosfera está o dobro do que era há 2 séculos atrás, por isso o nosso planeta está mais quente.

No final da década de 1990, a Organização das Nações Unidas (ONU) junto com os países membros buscou uma maneira de reduzir as emissões dos gases provocadores de efeito estufa no mundo. O acordo gerado na cidade de Quioto no Japão, ficou conhecido como Protocolo de Quioto. Vejam só que achei no site do Ministério do Meio Ambiente sobre esse protocolo:

 

- O Protocolo de Quioto constitui um tratado complementar à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Criado em 1997, definiu metas de redução de emissões para os países desenvolvidos, responsáveis históricos pela mudança atual do clima. Os países desenvolvidos, ou Partes do Anexo I, se comprometeram a reduzir suas emissões totais de gases de efeito estufa a, no mínimo, 5% abaixo dos níveis de 1990, no período compreendido entre 2008 e 2012 - também chamado de primeiro período de compromisso.

- Para os Países não listados no Anexo I, chamados de Países do Não-Anexo I, incluindo o Brasil, foram estabelecidas medidas para que o crescimento necessário de suas emissões fosse limitado pela introdução de medidas apropriadas, contando, para isso, com recursos financeiros e acesso à tecnologia dos países industrializados. O Protocolo de Quioto prevê três mecanismos de flexibilização, com a intenção de ajudar os países Anexo I no alcance da meta de redução de emissões: Comércio de Emissões, Implementação Conjunta e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).

- O Protocolo entrou em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, logo após o atendimento às condições, que exigiam a ratificação por, no mínimo, 55% do total de países-membros da Convenção e que fossem responsáveis por, pelo menos, 55% do total das emissões de 1990. O Brasil ratificou o documento em 2002. Dentre os principais emissores de gases de efeito estufa, somente os EUA não ratificaram o Protocolo.

- Essa primeira etapa do Protocolo ocorreu entre 2008 e 2012, ano em que os países decidiram estendê-lo até 2020. Depois disso, deverá começar a valer um novo compromisso de corte de emissões.

Fonte: http://www.mma.gov.br/clima/convencao-das-nacoes-unidas/protocolo-de-quioto

A principal fonte de emissão de gás carbônico do Brasil está relacionada as queimadas. Isso mesmo, o nosso país emite muito CO2 com a queima da cobertura florestal, em especial no bioma Amazônia. É claro que também emitidos com os veículos e as indústrias. Vale lembrar que nos últimos 10 anos dobramos o número de automóveis e chegamos a mais de 45 milhões de veículos.

Então além de prevenir as queimadas – que também são fundamentais para a manutenção da biodiversidade – temos que investir em tecnologias mais sustentáveis que emitam menos poluentes.

Agora você está por dento do assunto e já está ficando um especialista. Então, vou propor um desafio! Investigue qual o tipo de transporte é mais sustentável – emitindo menos poluente e consumindo menos energia – existente em sua cidade. É isso aí, até a próxima Galera Cult!!!

 

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Paulo “Paulinho” Statera

Desde pequeno tive dificuldade de me enquadrar aos padrões; e não era só rebeldia. Ficava mais revoltado com aqueles que não faziam nenhum sentido. Esse comportamento gerou afastamento de meus pais e minha família em geral, com exceção do meu avô, Paulo, que também sempre foi um rebelde… hehehehe. Poucos reconhecem, mas os meus questionamentos não são vazios, são (e sempre foram) coerentes, pois percebo que as pessoas seguem e tomam decisões porque seguem modelos prontos ou porque pensam no curto prazo. Tudo mudou quando conheci um grupo que vive em uma Ecovila, o Gemeinde, que promove relações diferentes entre si e com o meio ambiente. Minha identificação com o grupo despertou meu interesse por Sustentabilidade e essa passou a ser a minha missão: disseminar outras formas de relacionamento entre os seres humanos e com a natureza. Siga-me no Galera Cult e fique sabendo mais sobre críticas a sociedade atual e sobre práticas sustentáveis