Sempre ouvimos muito em reportagens e durante campanhas políticas que diversas medidas devem ser tomadas, para que se possa elevar a qualidade de vida da população, ou de parte dela. Mas o que se pode definir por qualidade de vida? Eu perguntei a alguns amigos e pessoas da minha família e cada um deu uma resposta diferente. Como eu não gosto muito de respostas vagas, fui pesquisar se havia alguma definição e descobri que não.
Há diversos indicadores que são relativos a aspectos importantes sobre a qualidade de vida de uma população e novos têm aparecido ao longo dos anos. Por exemplo, no começo da década de 1990 foi desenvolvido o Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH, como forma de medir o desenvolvimento econômico e social de determinada população. Assim, a qualidade de vida seria uma consequência desse indicador. O IDH leva em consideração o lado financeiro da população (Produto Interno Bruto do país dividido pela população total), o lado educacional (taxa de alfabetização e matrículas escolares) e o lado das condições de saúde (com a expectativa de vida). Ele varia de 0 (baixo) a 1 (alto), e o Brasil ocupa a 75ª posição desse ranking.
Mas, hoje em dia, utilizar somente esse indicador é um pouco insuficiente para medirmos a qualidade de vida de verdade, aquela que é sentida pela população. Outros aspectos foram levantados pelos amigos e familiares e que não estão incluídos no IDH, mas tem que ser levados em consideração. Por exemplo, as condições de moradia, transporte, acesso à informação, liberdade política e cidadania são aspectos que têm sido buscados para demonstrar a qualidade. Ter um indicador mais específico facilita também os investimentos pontuais nas áreas mais carentes.
Eu descobri que foi criado o Índice de Progresso Social (IPS), que é mais abrangente porque trabalha com a nutrição, saneamento, moradia, segurança, acesso à educação e à informação, saúde, sustentabilidade, direitos pessoais, liberdade pessoal, tolerância e inclusão, e acesso à educação superior... Ufa! Quanta coisa! Além de fornecer uma posição geral do país com base na junção desses atributos, onde o Brasil ocupa a 46º posição, ele fornece a posição do país em cada uma dessas áreas.
Há ainda (nunca me canso de pesquisar) a Felicidade Interna Bruta, desenvolvido recentemente no pequenino país asiático do Butão (Sim! O nome do país é Butão mesmo...) e vem conquistando cada vez mais adeptos no mundo. É baseado na premissa de que o objetivo principal de uma sociedade não deveria ser o crescimento econômico, mas a integração do desenvolvimento material com o psicológico, cultural e o espiritual – sempre em harmonia com a Terra. Esse índice ainda não produziu um ranking entre os países.
É interessante, depois disso tudo, perceber como os aspectos mais específicos e detalhistas da vida cotidiana têm sido utilizados para medir a qualidade de vida. Cada vez mais deixa de ser uma meta abstrata, fora do alcance e compreensão das pessoas (como demonstraram meus amigos e familiares) e se torna algo em que a população possa confiar e se sentir representada.
Até a próxima! Bjos!
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